Ponto de Interrogação
Por acaso algum dia você se importou
Em saber se ela tinha vontade ou não?
E se tinha, e transou
Você tenha certeza
De que foi uma coisa maior para dois
Você leu em seu rosto
O fogo, o gosto, o gozo da festa
E deixou que ela visse em você
Toda dor e o finito prazer
E se ela deseja, e você não deseja
Você nega, alega cansaço ou vira de lado
Ou se deixa levar na rotina
Tal qual o menino tão só no antigo banheiro
Folheando revistas, comendo as figuras
As cores das fotos, te dando a mais completa emoção
São perguntas tão tolas de uma pessoa
Não ligue, não ouça, são pontos de interrogação
E depois desses anos, no escuro do quarto
Quem te disse que não é só o vício da obrigação?
Pois com a outra você faz de tudo
Lembrando daquela que é santa
E é dona do seu coração
Eu preciso é ter consciência
Do que eu represento nesse exato momento
No exato instante
Na cama, na lama, na grama
Em que eu tenho a vida inteira nas mãos
(Gonzaguinha)
Quando me perguntam se sou fiel, respondo simplesmente que amo o amor. Amo estar amando.
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